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O namorado da minha amiga

  • Logã
  • 28 de abr. de 2020
  • 3 min de leitura

O título na verdade deveria ser 'O músico marido da minha amiga' ou simplesmente 'Alberto Americano', mas gostei mais desse, parece que vou revelar algum podre, né? (rs)

Sempre tive poucos amigos. E isso não necessariamente é ruim. Mudei muitas vezes de bairro, a primeira vez ainda novo, meio tímido e, com o tempo, quanto mais adulto, mais difícil fazer novas amizades. Não tem mais a escola, a rua, aquele ambiente em que gostar de jogar bola já seja um motivo para se enturmar.

Mas eu criei minhas outras ‘escolas’. O teatro, as aulas de percussão, de dança popular… E, obviamente, o ambiente de trabalho. Numa dessas eu conheci a Mariana, não uma Mariana qualquer, Mariana Abdalad, invocada que só. (rs).

Mas eu não estou aqui para falar dela não. Mas a Mariana é importante e, certamente determinante para que eu conhecesse esse outro cara.

Eu e Mariana curtimos alguns (bons) carnavais juntos. Quando voltei a morar na Zona Norte (RJ), ela me deu guarida para eu ficar estrategicamente próximo dos blocos ‘imperdíveis’.

Um dia, na verdade uma noite, quarta-feira, não era carnaval, Mariana me aparece do forró cigano do Sexteto Sucupira com um carinha, com um indefectível figurino camisa de botão manga curta, bermuda cargo e andar maroto de meia-atacante aposentado do Fluminense. Falando assim parece um coroa, mas era Alberto.

De início nunca fomos de conversar longamente mas, sendo namorado e depois marido de uma das minhas melhores amigas, não teve jeito: nós teríamos que nos aturar. Mas do que isso, Alberto é músico e deveras simpatizante do carnaval. Ponto para ele.

Comecei então, an passant, a conferir o trabalho do jovem (é mais novo que eu, beeeem mais novo, um garoto ainda rs) compositor Alberto Americano (à época, o som a ser conferido era do seu grupo, Os Novíssimos). Conversamos sobre letras - o talento como letrista é notável - falamos mal da Mariana pela costas, às vezes pela frente.

Mas três momentos foram importantes para que eu perdesse uma certa imagem que eu tinha do Alberto, que durou um bocado, a imagem do ‘namorado’ da Mariana… mas ainda não meu amigo, entende?

Primeiro, o carnaval. Pensei ‘bem, o cara é namorado da minha amiga e, igual a gente, é dos que acorda cedo, se fantasia e vai tocar no bloco… deve ser um cara confiável’. Depois, o casamento deles. Ver os dois apresentando suas paixões e suas expectativas no futuro um com o outro, sem falar que o tal jovem músico topou dividir a vida com uma mulher que já tinha o seu 2º filho da relação anterior... Achei responsa.

Por fim, o ano novo. Mariana ‘me salvou’ me convidando para passar a festa da virada de 2019 para 2020 em um lugar lindo e escondido em um momento que eu estava precisando muito sair de mim um pouco. (Obrigado, Marie Jane). Duas horas e meia de carro e eu e Alberto tivemos enfim a longa conversa que ainda não havia acontecido. Música, teatro, sobrevivência artística, Mariana, Cd’s, Ep’s, singles, plataformas, Mariana, as crianças, a escola, o Rio de Janeiro, as rodas de samba (o Sambotica), o ratatá da festa de ano novo, o Fluminense, a Mariana…

Mas, repare: aqui, neste texto, não falei exatamente da música do Alberto, pois acho que cada um tem sua forma de ouvir, então, elogios podem soar meio ‘comprado’. Mas garanto que não escreveria sobre o trabalho de alguém só por ser marido da minha amiga, estejam certos disso. Procurem o álbum autoral do Alberto. Deixo aqui o link de duas plataformas https://www.deezer.com/br/album/67902372 https://open.spotify.com/album/18OJFdb1bs0xjzV4nda7le

Ainda, deixo a minha sugestão, minha preferida, ‘Mocinha’, música que está na playlist do Baú do Inédito, com ares afoxezísticos Rio-Bahia e que ele compôs para minha querida amiga responsável por boa parte desta crônica.

Alberto foi um dos entrevistados da série Logã Entrevista :: ‘O que importa’ (série de lives pelo Instagram) e o vídeo já está disponível no meu canal do YouTube. https://youtu.be/sVhgc-WEH7E

Alberto Americano é cantor, compositor, letrista e arranjador e, apesar de ter sido o 5º entrevistado, foi o 1º a ter o registro da conversa. (Quase uma semana sem o app Zoom e minha falta de habilidade com outras formas de registro ferraram com as entrevistas anteriores).

Nesse papo eu e Alberto abordamos temas como música (claro), carnaval (claro, de novo) e reflexões sobre o mundo que se avizinha (ou já está aí) e que possíveis soluções buscaremos como sociedade, como famílias e como a tal ‘força produtiva’.

Segue o baile.

Som, paz e bem. E axé.

Logã

Alberto Americano

nas redes: @albertoamericanomusica

site: albertoamericano.art.br/site

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