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Conexões Afro-Indígenas e ‘suspeitas’

  • Foto do escritor: Logã Pedro
    Logã Pedro
  • 11 de mai. de 2020
  • 2 min de leitura

É isso mesmo, adoro um título sensacionalista. Há tempos eu seria suspeito em relatar qualquer linha elogiosa sobre Júlia Vidal. Talvez ainda seja mas, hoje, tenho segurança em dizer que o que escrevo aqui refere-se a uma grande amiga, da vida.

Júlia é designer de moda étnica. Eu e ela, separadamente, sem saber, fizemos pequenos ‘cursos’ sobre um e outro antes de nos conhecermos pessoalmente. Enquanto artista, por muitas vezes ouvi amigas comentando sobre o meu figurino e perguntando se eu conhecia a tal Júlia Vidal. Depois Júlia relatou que passou por situações semelhantes sempre que falava que estava fazendo algum trabalho que além de moda envolvesse música.

Assim, o ‘não premeditado encontro acidental’ acabou acontecendo. Temos muitos amigos em comum, o que facilitou nosso primeiro esbarrão numa noite dançante de ‘Rivalzinho’ no centro do Rio. Conexões imediatas entre amigos e depois de interesses como moda, música, design, contexto de raízes brasileiras... palavras que foram exaustivamente escritas em ambos releases / apresentações ao longo de nossas histórias individuais.

Namoramos por um ano e meio e com orgulho digo que foi o término mas amoroso que eu poderia esperar. Compreendemos nossas diferentes metas de vida - pelo menos naquele momento - e permanecer juntos poderia ser retardar nossas ‘felicidades’. Nosso ganho estava assinalado em saber que tudo que a nossa relação trouxe de bom era uma ótima lembrança. [Vivam relações leves, de troca e sem cobranças, vale a pena].

Mas... neste período em que estivemos juntos, Júlia me apresentou elementos de pesquisa da cultura e moda de axé, África, Brasil, me levou no dia 2 de Fevereiro a Salvador [entendedores entenderão] e com ela também tive a oportunidade de, pela primeira vez, entrar na aldeia Maracanã, no Rio de Janeiro [que ao longo de sua existência - e resistência - é composta por representantes de cerca de 300 etnias de diferentes partes do Brasil], ouvir as questões que envolvem os povos originais do Brasil ditas diretamente de suas bocas, suas lutas, seus pensamentos, seus saberes.

Além disso, Júlia me proporcionou o cenário, sua mata, para o clipe de uma das músicas mais importantes da minha tímida carreira, uma das músicas que tenho mais orgulho de ter escrito: Odé.

De mim, pude co-dirigir, filmar e editar o curso online de estamparia idealizado por ela, passeei com o Dendê [um ‘catioro’ muito do fofo e querido], acendi umas duas fogueiras para assar batata doce e compus ‘Filha de Iansã’ em sua homenagem. Acho que ainda estou devendo umas moedas nessa história. [Shiiii…deixa quieto].

Agora, como grandes amigos, parceiros, conversamos sobre as comunidades indígenas em tempos de pandemia e outras coisinhas.

Julia Vidal - designer de moda étnica, busca valorizar a identidade cultural da mulher brasileira através da moda cultural e étnica.

Logã

Link da entrevista: https://youtu.be/BpXreRqhoIY

Julia Vidal .: Etnias Culturais

@juliavidaletnias

facebook.com/julia.vidal.etnias


 
 
 

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