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Entre os becos do Caju durante a pandemia.

  • Foto do escritor: Logã Pedro
    Logã Pedro
  • 3 de mai. de 2020
  • 2 min de leitura

Essa pandemia impactou a rotina de todos. Nós, ligados à arte, certamente fomos os primeiros a sentir. Os trabalhos sumiram, as produções cessaram, teatros e casas de show fecharam suas portas. Necessário, mas foi impactante.

No meio disso tudo - antes ainda da pandemia - eu, artista, precisando ganhar a vida, me embrenhei em grupos nas redes sociais onde são postados trabalhos (neste período, todos online). Nesses grupos, normalmente entro buscando oportunidades como ator e alguns trabalhos no ramo da comunicação, como designer, redator, editor e outras que eu acho que tenho capacidade de exercer. Em suma: o que pintar.

Pois bem. Um dia, num desses grupos, vi uma chamada para edição de vídeos. Fiz contato e recebi então uma resposta dessa que foi entrevistada pelo meu projeto ‘O que importa?’.

Laura Campos Braz, atriz, nascida no interior do Rio de Janeiro, explicou do que se tratava: um projeto, sem grana, desses que a gente encara porque tem amor às nossas missões.

Depois de algum tempo trabalhando com o grupo Afroreggae - além da sua formação em teatro - Laura idealizou o projeto CRIA voltado para jovens de comunidades do Complexo do Caju na cidade do Rio de Janeiro.

Sendo honesto: é claro que eu estava em busca de trabalho, remuneração, mas ao entender o projeto e conversar com a Laura, sabia que o meu trabalho seria útil naquela hora, sem grana, na parceria. Imediatamente me prontifiquei. Minha colaboração, que já está acessível no perfil do CRIA no instagram - foi a edição de uma entrevista feita com ator Victor Torres e a criação da vinheta do web programa Cria Cultural. Como costumamos dizer, ‘no amor’.

Percebi em Laura uma vontade muito grande de querer transformar o mundo, ou, pelo menos, um pouco além do mundo a sua volta - que já é tudo, não é?

O projeto CRIA oferece aulas de teatro para jovens da comunidade do Caju. O mais interessante foi que, embora tenhamos trocados algumas mensagens e áudios de WhatsApp para nos entendermos sobre a edição e envio de arquivos, Laura e eu, até aqui pelo menos, nunca nos vimos pessoalmente. A live de entrevista durante o isolamento na pandemia foi a primeira oportunidade de ficarmos frente-a-frente, mesmo que entre telas e fones de ouvidos, para falar sobre as nossas visões de mundo.

Costumo criar admiração pelas pessoas que abraçam suas causas e suas missões na terra, sejam elas quais forem. Muitas pessoas que conheci pelas redes sociais e pude conversar minimamente, criei uma relação afetiva, mesmo sem nunca ter visto. A quem eu posso ver, olhar, naturalmente essa admiração pode se potencializar.

Laura foi a sexta entrevista do projeto Logã Entrevista :: O que importa? e a segunda entrevista a ser registrada, na véspera da páscoa. Laura cedeu um pouco do seu escasso tempo para conversarmos. Ela se mantém envolvida com o mapeamento de famílias em situação vulnerável dentro das comunidades do Complexo do Caju e a consequente entrega de cestas básicas e outras colaborações.

A entrevista já está disponível no link https://youtu.be/TzxoI6boqnI

Em breve, quando o isolamento terminar, pretendo estar na comunidade do Caju para realizar workshop de audiovisual de guerrilha.

Logã

Laura Campos Braz @lauracamposbraz @cria.escola


 
 
 

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